domingo, 12 de outubro de 2014

Apimentando - Janaina Rico


Inicio dizendo que o livro não faz parte das minhas preferências, mas resolvi arriscar. A
história nos fala de uma sexóloga que apesar de resolver os problemas sexuais dos outros, não consegue se realizar na sua vida sexual. Mas tudo muda quando ela conhece um personal trainer que muda tudo... 
Começo pela personagem principal, Luciana. Ela me irritou profundamente. Muitas vezes, me perguntei quantos anos ela tinha realmente. Achei-a infantil, esnobe e chata. Mas ao passo que ela foi tomando quedas e socos da vida, foi amadurecendo. Só passei a simpatizar um pouco com ela quando ela estava no fundo do poço. Mas me diverti muito.
O título do livro passa a impressão errada acerca da história. Imaginei que seria um livro mais "apimentado". Mas é uma história romântica, sobre pessoas comuns e sobre aprendizado e superação.
A escrita da autora é bastante direta, sem rodeios. Para um livro destinado a diversão, é bastante apropriada. Quero pedir desculpas por não ter muito a dizer, mas infelizmente não é meu tipo de livro preferido, apesar da diversão proporcionada.


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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

72 Horas para Morrer - Ricardo Ragazzo



Júlio Fontana é o detetive central do livro. Ele surge logo no início descobrindo que a mulher que está desaparecida do seu novo caso, é sua namorada. Mas não para por ai, outros acontecimentos fazem o personagem perceber que o alvo é ele mesmo. Ele passa logo a desconfiar de Miguel, amigo de infância e assassino de uma grande amiga. 

A narrativa do livro de 72 horas para morrer é muito boa. A comparação com A Garota das cicatrizes de Fogo foi inevitável. Dessa vez, o autor nos mostra uma descrição que prende a atenção do leitor do começo ao fim. Seus personagens estão bem construídos, apesar da Laura ter atitudes não condicentes com sua idade.  

Júlio é um personagem muito bem construído. Sua angústia e aflição foi sentida do começo ao fim da trama. A narração em 1ª pessoa dele fez fluir a história. Cada passo seu e sentimento era sentido pelo leitor. Infelizmente, a narração em 3ª pessoa perdeu algumas vezes o foco.

Mas um bom romance policial te prende e faz você ficar ansiosa pelo final. E foi assim que o 72 horas para morrer me deixou. O assassino me enganou várias vezes. Enfim, o autor me surpreendeu nesse livro. Muito bom!!!  
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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Stardust - Neil Gaiman #EuSouDoideira




Stardust é um conto de fadas para adultos como o próprio autor define. Neil Gaiman nos leva a uma vila da Inglaterra Vitoriana chamada Vila do Muro, seu nome vem de um muro que a separa de um mundo completamente desconhecido da maioria dos mortais, o mundo das fadas. Ninguém tem autorização para atravessar o muro, mas a cada nove anos os dois mundos se encontram. E foi em uma dessas que Dunstan Thorn conhece uma fada... E desse encontro nasce Tristran, rapaz que promete uma estrela cadente a uma moça por quem é apaixonado.

A primeira coisa que chama atenção são as ilustrações. Um livro para adultos ilustrados é raridade. O responsável por elas é o Charles Vess. Cada uma é mais linda do que a outra. O leitor entra diretamente no mundo das fadas através de seus desenhos. E as cores são lindas.

A linguagem nos remete bastante aos contos de fadas tradicionais, mas percebe-se uma questão mais adulta nos acontecimentos da narrativa. A linguagem também nos mostra que contos de fadas não são somente para criança. eu, particularmente gosto muito da linguagem trabalhada e poética dos contos de fadas tradicionais. E ao contrário do que se pensa inicialmente não foram feitos para crianças. 

Tristan nos remete a personagens heróicos, apesar de muitas vezes sua atitude falhar um pouco. Mas sua ingenuidade encanta os leitores. Sua busca pela estrela se mescla a sua descoberta em busca de suas origens, pois no meio do percurso o rapaz descobre que possui um passado relacionado ao mundo da fadas. 

Enfim, é um livro imperdível do Neil Gaiman! quem gosta de contos de fadas tradicionais vai gostar muito desse conto moderno! E a música foi JOÃO E MARIA, de Chico Buarque!!!






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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Book Tour Permanente - A noiva da colina e outros poemas - Francilangela Clarindo




Oi Gente!!!

Primeiramente quero pedir desculpas novamente pela distância. Não sei o que tem acontecido comigo, mas estou em um bloqueio enorme para escrever. Mas pretendo voltar logo, nem que seja aos poucos. E tenho uma novidade para vocês. Estou organizando um book tour permanente do novo livro da Francilângela Clarindo que foi lançado recentemente em Portugal. É um livro de poemas que infelizmente ainda não li, mas assim que isso acontecer terá resenha aqui. E outra novidade também: para quem participar do book tour até dezembro participará de um sorteio do livro autografado pela autora. Quyem quiser participar, manda um email para luaisis2704@gmail.com ou deixa seu email nos comentários. As regras são as mesmas:

REGRAS DO BOOK TOUR:

1 - O blogueiro deve adicionar o banner do Book Tour em seu blog;
2 - Cada blogueiro terá 15 dias para ler o livro e mais 5 dias para postar a resenha no Blog e no Skoob. Por favor, avisar quando receber o livro!
3 - Divulgar o link da resenha para que todos possam ler.
4 - Ao finalizar a leitura o blog deverá enviar o livro para o próximo participante por correio, é recomendado o "registro módico", pois é mais barato. O código de rastreio deve ser informado imediatamente a mim.


Maiores informações sobre o livro e a autora:



Espero Vocês !!!

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terça-feira, 22 de julho de 2014

O lado bom da Vida - Mathew Quick #EuSouDoideira




Meu interesse por esse livro surgiu assim que descobri que o protagonista foi diagnosticado como portador de transtorno bipolar. A temática acerca de doenças mentais me interessa desde que me entendo por gente. Sou obcecada por adentrar mentes humanas, e mentes  "perturbadas" me parecem ainda mais interessantes. 

O protagonista chama-se Pat Peoples. Ele é um ex-professor que acaba de sair de uma clínica psiquiátrica. De acordo com sua memória, ele passou apenas alguns meses e o motivo, ele ainda não sabe. A única informação que recebemos é que ele precisa ficar um tempo separado da esposa Nikki. 

O ponto que mais me impressionou foi que o narrador é o próprio Pat, então durante a leitura estamos por dentro do raciocínio dele. Em alguns momentos, percebemos uns lapsos, onde vimos que Pat ainda não está completamente bem. As informações que recebemos surgem a medida que o narrador também descobre. O que torna a relação do leitor com o Pat algo muito mais forte. 

Tiffany é a cunhada de um dos amigos de Pat e também tem um problema psiquiátrico, fato que aproxima os dois. A moça passa por uma perda muito impactante para ele que é a morte de seu marido e passa a ter uma obsessão sexual. Através da relação entre ela e Pat e seus ensaios de dança podemos ver o quanto cada um ajuda o outro. 

Os demais personagens também são bastante interessantes. O pai que também possui obsessão por um time de futebol, mas que me parece ter vergonha da condição do filho, mas que também possui algo de problemático. A mãe sempre tão acolhedora e carinhosa e que faz de tudo pelo filho que agora encontra-se doente. O irmão que também cuida de uma certa forma de Pat. Enfim, vemos uma família tendo julgamentos comuns, mas que nos mostram o quanto é acolhedora, apesar de estar vivendo a condição de Pat de uma forma muito conflituosa.

Um dos pontos altos para mim é a experiência de Pat com a Literatura. Ao sair do hospital, ele procura ler os livros que sua esposa que é professora de literatura indicava quando estavam juntos. Acompanhar a forma como ele percebe cada obra é muito interessante, pois ao passo que sua visão da realidade está distorcida, ele vê os livros como realidades ou como verdades profundas. A Literatura nesse caso não é mostrada como cura, mas como uma forma de refletir sobre a realidade. Cada pensamento que descobrimos de Pat faz com que nos apaixonemos mais.

Apesar de divertido, não posso dizer que O lado bom da vida é um livro excepcional. Sua linguagem é bastante comum e de leitura fácil, mas não posso dizer que ele seja arte. E isso é o que busco em textos literários. Mas é um ótimo livro para entretenimento.

A música que escolhi foi:

Balada do louco - Ney Matogrosso!


  

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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Resultado da Maratona #Eusoudoideira



Oi Gente!!!

vim aqui hoje sabendo estar mais do que atrasada nas postagens das resenhas para falar do resultado da Maratona. Infelizmente, só consegui terminar quatro livros dos cinco que marquei. E foram:

1. O lado bom da vida, de Mathew Quick;
2. Stardust, de Neil Gaiman;
3. Madame Bovary, de Flaubert;
4. Lavoura Arcaica, de Radan Nassar.

Faltou As duas faces do Destino, de Landulfo Almeida. Aproveito para dizer que estou lendo e já estou gostando muito. Durante essa semana irei postar as resenhas de cada um dos livros. Espero que vocês perdoem meu atraso e que gostem das resenhas.

Beijos!


   


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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Pela janela vejo... - Andreza Rocha #OlhardaGente




                    A escrita da Andreza Rocha me chamou atenção pela sua habilidade de falar do cotidiano de uma forma bastante diferenciada e poética. A observação demonstrada pela autora nos faz repensar nosso dia-a-dia. Através de suas palavras, o leitor faz um passeio juntamente com o narrador pelos ônibus, lugar que normalmente nos passa despercebido.

              A estética é apresentada através dos passageiros, dos lugares, principalmente pela paisagem vista através das janelas. Estas passam a ser telas de arte, onde o olhar e a descrição da autora pintam o quadro que quer que vejamos. As cores são usadas como símbolos, mas também como tintas para pintar o quadro exposto pelas palavras do narrador.

          O texto ainda nos mostra referências bíblicas e também regionais, onde o leitor filho de Fortaleza reconhece sua casa. Não só as praias, tão famosas e faladas, são o símbolo da cidade, mas principalmente seus moradores e o seu cotidiano, que através do olhar da autora transformam-se e revivem também nos nossos olhos.

               Infelizmente, no final, percebemos uma conversa direcionada ao leitor que não cabe para finalizar o texto. Percebemos ainda a imaturidade literária da autora, mas também percebemos seu enorme potencial. Seu olhar não pode ser desperdiçado, e sua escrita só precisa ser lapidada pelo tempo.

Entrevista com a autora

1.  De onde veio a ideia para seu texto?

      Sou uma frequentadora de carteirinha dos ônibus de fortaleza, e como sou muito observadora todo dia tento tirar uma aprendizagem nova, seja um gesto dentro do ônibus ou uma paisagem que vejo através da janela, tento não deixar escapar nada, pois sei que poucos segundos podem decidir o meu humor do dia. E por fazer parte da minha rotina resolvi expressar esse sentimento em palavras,  e venho à ideia de colocar na minha crônica.

2.      Como foi seu processo de escrita?

       Bem demorado, pois quando eu to inspirada haja papel e caneta! Ai eu percebo que fujo da temática principal, reescrevo do zero, de repente não tem mais nada haver com o anterior, eu dou muitas risadas quando estou aflita e no processo de fazer o texto não foi diferente, faltando poucos dias pra me inscrever no projeto pensei em desistir, pois me achava muito nova e desprovida do dom da escrita, falei com alguns amigos sobre o meu texto e muitos se identificaram, foi a minha maior motivação, resolvi escrever a minha redação no ônibus em meio à turbulência, mas usando as palavras que me vinha na cabeça, naquele momento, respeitando os detalhes.  Tudo bem que deu trabalho para repassar a limpo, pois a letra tava irreconhecível, mas todo o esforço foi valido.

3.      Como foi sua experiência em participar do concurso?

      Incrível, nunca pensei em fazer parte de algo assim, em meio a grandes escritores, eu sendo a caçula do grupo, me senti engrandecida pelo acolhimento, por ter tido essa oportunidade de me expressar e conhecer amigos.  Fiquei surpresa comigo mesmo, me senti viva e cheia de esperança. Minha simples palavras eternizadas em um livro. É muita alegria.


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terça-feira, 1 de julho de 2014

Maratona Literária de Férias #EuSouDoidora



Oi gente!!!

Para aproveitar meus dias mais livres, resolvi entrar em mais uma maratona literária. Dessa vez, estou inscrita na II Maratona Literária de Férias #EuSouDoideira, criada pela Gabi, do Fluffy, e pelo Matheus do Carneirismo

As regras são simples. São 5 livros em 15 dias! Inicia dia 01/07 e vai até dia 15/07. Mas para adocicar a Maratona, eles fizeram uma regrinha especial! Cada livro deverá ter uma música para si no final de cada leitura. Divertido, não? Acabou a leitura? Escolha uma música que mais se adeque a esse livro!

Os livros que escolhi para ler foram:

1. Stardust, Neil Gaiman;
2. Madame Bovary, Gustave Flaubert;
3. O lado bom da vida, Matthew Quick;
4. As duas faces do destino, Landulfo Almeida;
5. Lavoura Arcaica, Raduan Nassar. (Sim, vou roubar um pouco e vou terminar esse. rsrs.)



Espero que vocês gostem!!!
Beijos!
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segunda-feira, 30 de junho de 2014

Meu manto Sob o Teu manto - Dora Estrela #OlhardaGente





A prosa poética escrita pela Dora Estrela homenageia Fortaleza usando uma linguagem bastante poética. As imagens e figuras utilizadas fazem com que o texto apresente uma estética lírica. 

O texto possui algumas referências, algumas literárias, outras históricas, que nos lembram da nossa cidade. Os filhos da cidade da Luz fazem uma viagem no tempo através dessa referências. A autora as utilizou para que o leitor possa relembrar dos tempos antigos de uma forma nostálgica.

Também fazemos um passeio pelo nosso simbolo mais famoso, o mar. Este que é chamado de mar de Iracema, protagonista do romance mais famoso de José de Alencar. Ele também é relacionado a infância, mostrando como o conceito de nostalgia continua presente durante todo o texto.

Para finalizar, Dora também enumera alguns título pertencentes à Fortaleza, 'Musa generosa dos poetas', 'Loira desposada do sol' e 'Virgem dos lábios de mel', este também título pertencente à Iracema. Texto bastante emocionante, principalmente para nós, filhos da cidade, onde além de a homenagearmos, fomos levados a relembrar nossas memórias mais queridas.


Entrevista com a autora

1- De onde veio a ideia do seu texto?


A ideia surgiu quando decidi declarar o amor que sinto pela cidade em forma de versos, mas lembrei que eu já tinha muitos poemas homenageando Fortaleza, e decidi que dessa vez escreveria uma crônica, quis expressá-la com bastante sensibilidade, pra que não perdesse a essência poética que gosto de transmitir em tudo que escrevo.
2. Como foi seu processo de escrita?

Adorei o tema; O olhar da gente se misturando com a dimensão de sentimentos, e deixando que o pensamento nos guiasse em cada cenário da cidade, foi um tanto mágico e muito inspirador .


3. Como foi sua experiência em participar do concurso? 

Foi uma experiência maravilhosa,o livro ficou perfeito,os textos diversificados e bem escritos, o evento foi muito bem organizado, os convidados excelentes. Realmente, um momento de incentivo e reconhecimento muito marcante para todos nós escritores contemplados nesta antologia.
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domingo, 29 de junho de 2014

Ponte - Jordan Barbosa #OlhardaGente


O conto do Jordan transparece sentimento em cada palavra. O cenário escolhido foi o mais belo da cidade. A Ponte dos Ingleses representa o romantismo na capital cearense. E parece que o autor escolheu o cenário perfeito para sua história sobre o amor, infelizmente o amor não realizado.

Carlos é um rapaz romântico apaixonado por sua melhor amiga. Mas como em toda história de amor não realizado, uma hora a pessoa apaixonada chega no limite. E o conto nos conta como foi esse momento de Carlos. Maria é uma moça meiga, linda nas descrições do narrador, mas que não ama seu amigo.

A história nos é contada pela visão de Carlos. Sofremos junto com o protagonista e suas palavras nos fazem entender exatamente a dor dele. A linguagem de Jordan é muito bela. A poesia está presente em cada palavra escolhida.

"Ponte" é um conto que nos lembra que o amor nem sempre é feliz. Mas que mesmo quando é triste, é belo...

Entrevista com o autor

1. De onde veio a ideia para seu texto?
 Como surgiu essa história, é um pouco complicado de te dizer porque foi muito intenso, quando eu a escutei na cabeça comecei de imediato a escrever, foi uma ideia muito fluída e prazerosa. Talvez tenha um pouco de minha história ,não o que aconteceu mas o que queria que acontecesse, além das histórias de amigos no final me perguntei "E se fosse desse jeito?..." Estar na posição de amigo de quem se gosta não é agradável e tentar por uma máscara para esconder seus sentimentos é uma tarefa árdua, talvez tenha escrito como uma forma de me libertar desses pensamentos e te digo, foi muito bom!!

2. Como foi seu processo de escrita?
Bem falei anteriormente que foi muito bom escrever e rápido também, a história está escrita sem modificações de pensamento, posso te dizer que essa foi uma história escrita com emoção.

3. Como foi sua experiência em participar do concurso?
Foi uma honra participar deste concurso, ter a oportunidade de ver seu trabalho publicado é incrível e só tenho a agradecer a todos pela oportunidade.
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sábado, 28 de junho de 2014

Almoço: galinha - Euzimara Lima #OlhardaGente




O conto da Euzimara pode aparentemente ser simples, mas sua reflexão é bastante profunda. A ilusão seria uma ajuda para suportar os desafios da vida ou seria somente uma muleta que afastaria cada vez mais de sua superação? Sibith, a protagonista, possui essa característica. E vai depender da leitura de cada leitor sobre se essa característica irá ajudar a menina ou piorar a situação.


A infância apresentada pela autora nos leva de volta a uma infância nostálgica, onde as crianças ainda eram inocentes, acreditavam que o mundo sempre poderia melhorar e que seus pais, mesmo os adotivos no caso de Sibith, sempre sabem o que é melhor para elas. Sinto falta desse mundo. Euzimara me trouxe a realidade atual de volta... Sinto-me como Sibith, ainda uso o ilusionismo como defesa.

Apesar do narrador ser em 3ªpessoa, entramos em contato com os sentimentos e pensamentos da pequena protagonista e vemos a tristeza tomar conta dela por diversos momentos. Como não sentir tudo pelos olhos da menina? A linguagem usada pela autora nos embala e nos choca diante a realidade com que a menina precisa estar.

Conto simples e belo... E eu, como apaixonada pela Literatura, ainda prefiro o ilusionismo, seja quais consequências forem...


Entrevista com a autora

1.De onde veio a ideia para seu texto?
Veio de experiências passadas mesmo. hehehe. Tentei fazer um paralelo com o que a psicologia diz sobre os pequenos. Mesmo que pareça não há nada demasiado rebuscado no texto. Quis ser simples em minha criação.

2. Como foi seu processo de escrita?
Foi bem fácil justamente porque era sobre algo familiar. Tentei traduzir toda a expectativa imatura que o discurso das crianças possui. Ao mesmo tempo, exaltei a característica infantil que pode ser benéfica em todas as idades: lá ela é citada como ilusão (ilusionismo), mas nos costumamos dar outro nome pra isso - otimismo.

3. Como foi sua experiência em participar do concurso?
Ah, eu entendi toda a carga semântica da exclamação "Amei!". Muito bacana mesmo, sobretudo pelo fator reconhecimento. Já havia ouvido que escrevia bem, mas uma publicação soa mais oficial que você leva jeito pra coisa. haha. Pretendo, paralelamente às minhas outras funções, ir adiante, mas até o momento não estabeleci datas pra isso.
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sexta-feira, 27 de junho de 2014

A cidade aos nossos olhos - William Angelo #OlhardaGente




As palavras do William Coelho me emocionaram muito pois foram recheadas de nostalgia. Temática que me parece perpassar todo o texto. A nostalgia é o caminho escolhido para nos levar pelas vielas. Além de nostalgia, me parece ganhar uma aura de memória. Um gostinho de bons tempos...

A cidade na sua visão torna-se sinônimo de coletividade. Fortaleza passa a ser composta principalmente pelas pessoas. Em vários momentos, o autor descreve cenas onde uma grande quantidade de pessoas simbolizam a construção coletiva da cidade.

O momento que me surpreendeu foi a reflexão feita sobre o ato de escrever. O autor torna-se um descobridor de almas, onde o próprio busca ler as pessoas. Sua angústia reflete a dificuldade da escrita, a dificuldade de refletir a realidade. Até onde o escritor consegue refletir a realidade?

A cidade aos nossos olhos ainda é uma construção, segundo o texto do William. Seu texto está entre a crônica e o conto, onde o leitor é levado a um passeio pela nossa linda cidade.

Entrevista com o autor

1. De onde veio a ideia para seu texto?

" A cidade aos nossos olhos " partiu de mais um de meus laboratório ou das experiências que acabei dividindo com pessoas!!! Quando pensei no todo, o que eu queria dizer e mais importante como iria fazer isso... Parti do sentido de observar, do olhar, de uma pessoa para outra e, a partir disso para o que ocorre em volta, as situações e também o ambiente!!! Lembro que pensei justamente no título primeiro, para depois começar o processo de criação de texto.


2. Como foi seu processo de escrita?

Demorei um tempo para isso. Pois tinha outros compromissos, alguns de trabalho que tornaram o meu tempo para trabalhar no texto, curto. E o que fazia era fazer pequenos resenhas. jogo de palavras,vivências, para trabalha-las no papel quando tivesse tempo e energia suficiente para esse " desafio". E acabou que fiz o texto quando faltavam poucos dias para o encerramento das inscrições no concurso literário. E pude trabalhar e unir o que tinha ao que buscava. Aprendi a não querer esperar por algo grande sempre, todavia enxergava mais sentido no que poderia trabalhar e tinha em mãos, tornar-se assim pelo caminho mais justo e não grande... Pois o foco é simples, pois posso senti-lo, muitos podem também e percebe-lo. mas isso nunca irá tornar o caminho fácil. E nem penso assim, vencer sem trabalhar, merecer.


3. Como foi sua experiências em particular do concurso?


Quero deixar claro que nunca fiz. pensando já no fim, como um dos selecionados. Mas pensei que se conseguisse passar pela a parte que mais me fez sentir "tensão e quebrar a cabeça" ( risos )... Fazer o texto. já sentia-me como uma pessoa que consegui se superar. pois nunca fora um jovem engajado dentro deste mundo de leitura, escrita. mas tinha um apreço por isso por ser algo desafiador para mim. E comecei a escrever e estudar possibilidades e gêneros no qual sentia confiante para começar a caminhar. E ao terminar o texto, envia-lo e envia-lo para concurso. O resultado me fez sentir uma gratidão e uma nostalgia por esse momento único...
Sempre pensei de uma forma simples. Como apenas digo para mim toda vez que faço algo com título de superação. " continuarei a escrever como uma forma de arejo e crescimento, apenas em escrever''...
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quinta-feira, 26 de junho de 2014

A arte de deixar ir - André Nogueira #OlhardaGente





A escrita do André Nogueira só pode ser descrita em uma palavra: poética. Seu texto nos fala sobre seus sentimentos pela nossa linda cidade. A linguagem usada é cheia de poesia. O autor constrói imagens belíssimas durante o texto. O gênero utilizado é um hibrido entre a crônica e o poema.

Os sentimentos que o leitor é levado a sentir junto com o eu-lírico vai do amor ao ódio. Apesar do sentimento de revolta e de querer ir embora, o vemos temer o momento de ir. A frase "Ainda não aprendi, a arte de deixar ir." serve de refrão e ao mesmo tempo de mote para a ideia do texto.

Suas descrições parecem criar uma tela na mente do leitor. o uso da luz e da sombra nos revela um jogo de contraste mostrando as próprias contradições da cidade descrita. Esse jogo além de nos mostrar a cidade, também mostra as contradições do eu-lírico.

Entrevista com o autor



1. De onde veio à ideia para seu texto?
Senti a necessidade de escrever sobre a dificuldade de deixar ir. Algo novo estava acontecendo em minha vida e precisava remover os antigos vícios psíquicos. Escrever foi uma das possibilidades de remoção.



2. Como foi seu processo de escrita?
Estava em um momento de amor e ódio pela cidade. Afastei-me por uns dias para o Rio Grande do Norte. Apaixonei-me por uma pessoa. Foi uma rápida aventura. Ao voltar para cidade, percebi que não mais amava Fortaleza e estava com uma sensação de corrosão interior. Foi nesse momento que produzi o texto, ao som de uma música instrumental. 



3. Como foi sua experiência em participar do concurso?
Foi “uma mão na luva”. Já havia ganhado outro festival de literatura e precisava de títulos para me firmar como escritor. Assim, enviei o texto e, para minha surpresa fui aprovado.
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terça-feira, 24 de junho de 2014

Conversas ao entardecer... #3 Ausência e Encontro!




Oi Gente!

Depois de tanto tempo de ausência, só posso pedir desculpas. Falar que esses últimos tempos quase não li nada, pois a faculdade apertou um pouco. Aos poucos vou voltando a minha rotina e prometo a vocês que irei fazer postagens diárias para adiantar a série Olhar da Gente. E qual não foi a minha felicidade de ver que o blog continuou sendo visitado durante meu distanciamento? Quero agradecer muito o carinho de vocês e contar que ainda esse mês irei iniciar o vlog das Viagens Esquizofrênicas a Lua!

E essa ideia do vlog surgiu como? Eu já tinha recebido dicas de algumas amigas blogueiras e vlogueiras sobre isso. Mas a coragem de verdade veio mesmo depois de gravar um vídeo com algumas pessoas que admirei muito tempo a distância, mas que esse mês pude conhecer. Fiquei com muita vergonha. Logo eu que nunca fui fã de ninguém, quase não consigo ir conhecer A Denise Mercedes. rsrs. O Encontro foi maravilhoso! Além de conhecer a Denise pessoalmente, também descobri que a Lua, minha xará, também é de Fortaleza. E também conheci a Tati, a Jéssica e a Lulu (blogs e vlog estarão lá embaixo pra vocês conhecerem).

E antes de me despedir e de colocar o vídeo para vocês curtirem, aviso que finalmente fiz o sorteio do livro Olhar da Gente. Desculpem-me novamente, por favor. E o ganhador foi...

Erineu Ricardo!!!!!

Parabéns ao vencedor. E sim, fiz o sorteio na mão. Ainda não sei fazer naquele programa. Perdoem essa pessoa... Iremos entrar em contato por email para que você receba o livro. Agora com vocês, minha estréia, ainda me metendo no vlog dos outros para vocês curtirem enquanto o vlog ainda não fica pronto... rsrs.




Obrigada!!!!



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domingo, 1 de junho de 2014

Dicas


Oi Gente!

Quero pedir desculpas a vocês pela ausência, estou cheia de compromissos, mas vou compensar nas férias e fazer postagens todo dia!!! Agora venho trazer a vocês uma dica.
Os autores Landulfo Almeida, de “As duas faces do destino”, Leonardo Barros, de “Presságio – O assassinato da freira nua”, Marcelo Hipólito, de “O Mago de Camelot – a saga de Merlin para coroar um dragão” e Janaina Rico, de “Ser Clara”, decidiram unir forças em favor da literatura. A produção de conteúdo descontraído e inteligente é a forma encontrada pelo grupo para divulgar e debater a literatura e aproximar autores de seus leitores. Conheça suas iniciativas e aproveite!

Mural de entretenimento:
Com residência fixa no facebook, a página Infinito Criativo das Letras, www.facebook.com/infinitocriativodasletras, é o veículo escolhido pelos escritores Landulfo Almeida, Leonardo Barros e Marcelo Hipólito para a divulgação de eventos, notícias e curiosidades sobre literatura. Nela você vai encontrar a produção dos canais de vídeo desses autores e de seus parceiros, a programação dos bate-papos literários, resenhas e informações sobre lançamentos. Mas, não para por aí! Na página os autores divulgam informações sobre seus interesses no mundo da literatura, cinema e TV. É também um espaço para brincadeiras e para a troca de ideias. O grupo promete algo novo a cada dia.

Entrevistas e bate-papos ao vivo:
Aproveitando-se da ferramenta hangoutonair do google, são oferecidos links para que qualquer interessado por literatura ou cultura de forma geral possa assistir ao vivo, online, os mais variados programas. Todos são disponibilizados em seguida no youtube para serem vistos, revistos e compartilhados.

Papo de Escritor: 
Idealizado e conduzido por Leonardo Barros, o programa quinzenal, às quintas-feiras, 19h, conta com a participação fixa de Landulfo Almeida, Marcelo Hipólito e Janaina Rico para o debate informal sobre temas literários. Qual é seu vilão mais odiado? Sua heroína favorita? O melhor livro de fantasia? Lá o leitor poderá conhecer a opinião dos autores sobre esses temas e muitos mais. A cada episódio, um assunto. A cada programa um ou mais convidados especiais.
Para encontrar as novas produções basta seguir a página do autor Leonardo Barros no facebookhttps://www.facebook.com/leobarrosescritor ou a página do Infinito Criativo das Letras https://www.facebook.com/InfinitoCriativodasLetras.
Para encontrar as produções passadas, visite e inscreva-se no canal “Sente e Escreva” https://www.youtube.com/channel/UCCJg3jYcvm-_RKjSfmXdTzA/videos ou visite o playlist do canal “Infinito Criativo das Letras” https://www.youtube.com/channel/UCwLyxOH0u3tH7nyWRkT2DCg/playlists.
No canal “Sente e Escreva” os interessados na arte da escrita podem encontrar também dicas valiosas fornecidas pelo autor Leonardo Barros na série de programas “Sente e Escreva”. Imperdível.

Na Mira dos Autores: 
Um convidado especial a cada quinzena é entrevistado pelo idealizador do programa, LandulfoAlmeida, e pelos autores Marcelo Hipólito, Janaína Rico e Leonardo Barros. De autor para autor, os entrevistadores mergulham fundo nos livros e no ambiente criativo do convidado. Maurício Gomyde e Sérgio Pereira Couto já passaram por lá. O programa também acontece às 19h, e se reveza com o Papo de Escritor para oferecer ao leitor uma ótima opção para as quintas-feiras. Em resumo, quinta é dia de hangout!
Para encontrar as novas produções basta seguir a página do autor Landulfo Almeida no facebookhttps://www.facebook.com/landulfo.almeida ou a página do Infinito Criativo das Letras https://www.facebook.com/InfinitoCriativodasLetras.
Para encontrar as produções passadas, visite e inscreva-se no canal de Landulfo Almeidahttps://www.youtube.com/channel/UCoA94Arphlpzu17vC1triiQ/videosou visite o playlist do canal “Infinito Criativo das Letras” https://www.youtube.com/channel/UCwLyxOH0u3tH7nyWRkT2DCg/playlists.

Eu Leio Brasil:
 Idealizado por Janaina Rico como parte da campanha de incentivo à leitura de autores nacionais “Eu Leio Brasil” o programa de entrevistas traz para as tardes de sexta, às 16h, seu autor predileto. Ela e Landulfo Almeida entrevistam sempre um autor nacional de destaque. O programa garante forte interação com os expectadores que podem enviar perguntas antes ou durante o programa e concorrer a sorteios. Carolina Estrella, Laura Conrado, Carina Rissi, Marina Carvalho e Samanta Holtz já pintaram por lá. E não se surpreendam se entrevistadores convidados aparecerem para apimentar a entrevista.
Para encontrar as novas produções basta seguir a página “Eu Leio Brasil” no facebookhttps://www.facebook.com/EuLeioBrasil ou a página do Infinito Criativo das Letras https://www.facebook.com/InfinitoCriativodasLetras.
Para encontrar as produções passadas, visite e inscreva-se no canal Eu Leio Brasil https://www.youtube.com/channel/UCDQvLPRb8ak978PlnKhksrg/videos ou visite o playlist do canal “Infinito Criativo das Letras” https://www.youtube.com/channel/UCwLyxOH0u3tH7nyWRkT2DCg/playlists.


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domingo, 4 de maio de 2014

O Silêncio por entre Sons Passados - Diego Barbosa #Olhar da Gente



O conto O Silêncio dos sons passados, de Diego Barbosa é maravilhoso. Quando terminei sua leitura, meus olhos estavam marejados. A sensibilidade com que o autor nos fala sobre a relação entre avô e neto me emocionou muito. Sua linguagem é leve e poética.

O conto nos fala sobre um dia em que avô e neto resolvem passar o dia juntos passeando nos seus lugares preferidos da cidade de Fortaleza. O conto nos fala de saudade, de cumplicidade, de amor, de afeto.

O personagem principal do conto me parece ser o silêncio. Este que nos comunica da cumplicidade entre os dois personagens, nos mostra o clima do conto. O silêncio fala do desfecho do conto. Sempre que ele aparece sabemos que o mesmo está querendo nos comunicar algo.

O frio surge na narrativa como uma forma de falar de despedida. A imagem construída pelo autor nos fala acerca dos sentimentos do neto. O frio aqui representa a saudade que outrora sentirá.

Entrevista com o autor

1. De onde veio a ideia para seu texto?

A ideia que me veio à mente foi tentar reproduzir realidades que nunca tive com meus já falecidos avôs e meio que uma homenagem aos dois, pois, apesar de nunca termos feito nada parecido com o garoto e o seu avô presentes na crônica, sempre imaginei que um passeio ideal seria como aquele, mesclando história, cultura, lembranças. O texto culmina com a morte justamente para justificar a ausência que eles tanto fazem a mim.

2. Como foi seu processo de escrita?

Meu processo de escrita envolveu uma leitura básica sobre alguns pontos históricos de Fortaleza, justamente para defrontar com as memórias do avô. Posso ressaltar que envolveu também muita música instrumental intimista ao fundo enquanto escrevia as cenas finais, colaborando para criar um desfecho emotivo e memorável. Espero ter conseguido...

3. Como foi sua experiência em participar do concurso?

Participar do Concurso “Olhar da Gente” foi uma oportunidade incrível de expressar a arte da literatura e da escrita em si. Permitiu que eu mergulhasse em terrenos inóspitos dentro de mim mesmo e pude ver, realmente, o quanto nossa cidade é valiosa, apesar de tantos problemas que a assolam. Na verdade, creio que o maior legado do Concurso foi justamente fazer isso: injetar em nós o orgulho de ser fortalezense. Bem, conseguiu... Sinto-me honrado em ter feito parte disso e ter conhecido outras vozes poéticas e talentosas da cidade onde vivo.


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sábado, 3 de maio de 2014

Chão de Estrelas - Guilherme Silveira #OlhardaGente




O conto Chão de Estrelas, de Guilherme Silveira foi meu preferido. A temática é muito forte, mas a linguagem usada pelo autor é delicada, poética e sensível. O autor consegue descrever cenas do cotidiano com uma beleza e uma leveza que poucas vezes vi em um texto literário.

O narrador que descreve a cena da moça andarilha também nos parece um andarilho. O narrador no caso pode ser chamado de flaneur, um narrador que observa o cotidiano como se passeasse pelo local. Ele nos mostra como o belo pode estar em qualquer lugar, inclusive em um terminal de ônibus.

A imagem simbólica do céu em meio as moedas foi a imagem mais linda que já vi descrita. A linguagem usada é bastante trabalhada e mostra a imensa sensibilidade do autor.

Entrevista com o autor

1) De onde veio a ideia para o seu texto?

O texto não foi simplesmente criado, ele foi absorvido no Terminal. Acredito que todos os locais por onde passo são poetas e poesias em si e a gente só capta e passa pro papel. Eu simplesmente observei aquilo que escrevi.

2) Como foi seu processo de escrita?

Pra escrever, pra mim, não tem fórmula. Nesse caso eu simplesmente comecei a escrever quando cheguei em casa. Algumas vezes começo no próprio ônibus num pedaço qualquer de papel ou na mão. De qualquer forma, começo a escrever desde a hora que acordo até a hora que vou dormir. Todo momento acordado é momento de captação de ideias e tô sempre colocando e tirando coisas de ordem na minha mente.

3) Como foi sua experiência em participar do concurso?


Participar do evento foi a realização de um sonho. Conhecer os novos autores fez com que a cidade parecesse mais nova. Foi um prazer imenso dividir o livro com tanta gente boa.


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