terça-feira, 22 de julho de 2014

O lado bom da Vida - Mathew Quick #EuSouDoideira




Meu interesse por esse livro surgiu assim que descobri que o protagonista foi diagnosticado como portador de transtorno bipolar. A temática acerca de doenças mentais me interessa desde que me entendo por gente. Sou obcecada por adentrar mentes humanas, e mentes  "perturbadas" me parecem ainda mais interessantes. 

O protagonista chama-se Pat Peoples. Ele é um ex-professor que acaba de sair de uma clínica psiquiátrica. De acordo com sua memória, ele passou apenas alguns meses e o motivo, ele ainda não sabe. A única informação que recebemos é que ele precisa ficar um tempo separado da esposa Nikki. 

O ponto que mais me impressionou foi que o narrador é o próprio Pat, então durante a leitura estamos por dentro do raciocínio dele. Em alguns momentos, percebemos uns lapsos, onde vimos que Pat ainda não está completamente bem. As informações que recebemos surgem a medida que o narrador também descobre. O que torna a relação do leitor com o Pat algo muito mais forte. 

Tiffany é a cunhada de um dos amigos de Pat e também tem um problema psiquiátrico, fato que aproxima os dois. A moça passa por uma perda muito impactante para ele que é a morte de seu marido e passa a ter uma obsessão sexual. Através da relação entre ela e Pat e seus ensaios de dança podemos ver o quanto cada um ajuda o outro. 

Os demais personagens também são bastante interessantes. O pai que também possui obsessão por um time de futebol, mas que me parece ter vergonha da condição do filho, mas que também possui algo de problemático. A mãe sempre tão acolhedora e carinhosa e que faz de tudo pelo filho que agora encontra-se doente. O irmão que também cuida de uma certa forma de Pat. Enfim, vemos uma família tendo julgamentos comuns, mas que nos mostram o quanto é acolhedora, apesar de estar vivendo a condição de Pat de uma forma muito conflituosa.

Um dos pontos altos para mim é a experiência de Pat com a Literatura. Ao sair do hospital, ele procura ler os livros que sua esposa que é professora de literatura indicava quando estavam juntos. Acompanhar a forma como ele percebe cada obra é muito interessante, pois ao passo que sua visão da realidade está distorcida, ele vê os livros como realidades ou como verdades profundas. A Literatura nesse caso não é mostrada como cura, mas como uma forma de refletir sobre a realidade. Cada pensamento que descobrimos de Pat faz com que nos apaixonemos mais.

Apesar de divertido, não posso dizer que O lado bom da vida é um livro excepcional. Sua linguagem é bastante comum e de leitura fácil, mas não posso dizer que ele seja arte. E isso é o que busco em textos literários. Mas é um ótimo livro para entretenimento.

A música que escolhi foi:

Balada do louco - Ney Matogrosso!


  

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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Resultado da Maratona #Eusoudoideira



Oi Gente!!!

vim aqui hoje sabendo estar mais do que atrasada nas postagens das resenhas para falar do resultado da Maratona. Infelizmente, só consegui terminar quatro livros dos cinco que marquei. E foram:

1. O lado bom da vida, de Mathew Quick;
2. Stardust, de Neil Gaiman;
3. Madame Bovary, de Flaubert;
4. Lavoura Arcaica, de Radan Nassar.

Faltou As duas faces do Destino, de Landulfo Almeida. Aproveito para dizer que estou lendo e já estou gostando muito. Durante essa semana irei postar as resenhas de cada um dos livros. Espero que vocês perdoem meu atraso e que gostem das resenhas.

Beijos!


   


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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Pela janela vejo... - Andreza Rocha #OlhardaGente




                    A escrita da Andreza Rocha me chamou atenção pela sua habilidade de falar do cotidiano de uma forma bastante diferenciada e poética. A observação demonstrada pela autora nos faz repensar nosso dia-a-dia. Através de suas palavras, o leitor faz um passeio juntamente com o narrador pelos ônibus, lugar que normalmente nos passa despercebido.

              A estética é apresentada através dos passageiros, dos lugares, principalmente pela paisagem vista através das janelas. Estas passam a ser telas de arte, onde o olhar e a descrição da autora pintam o quadro que quer que vejamos. As cores são usadas como símbolos, mas também como tintas para pintar o quadro exposto pelas palavras do narrador.

          O texto ainda nos mostra referências bíblicas e também regionais, onde o leitor filho de Fortaleza reconhece sua casa. Não só as praias, tão famosas e faladas, são o símbolo da cidade, mas principalmente seus moradores e o seu cotidiano, que através do olhar da autora transformam-se e revivem também nos nossos olhos.

               Infelizmente, no final, percebemos uma conversa direcionada ao leitor que não cabe para finalizar o texto. Percebemos ainda a imaturidade literária da autora, mas também percebemos seu enorme potencial. Seu olhar não pode ser desperdiçado, e sua escrita só precisa ser lapidada pelo tempo.

Entrevista com a autora

1.  De onde veio a ideia para seu texto?

      Sou uma frequentadora de carteirinha dos ônibus de fortaleza, e como sou muito observadora todo dia tento tirar uma aprendizagem nova, seja um gesto dentro do ônibus ou uma paisagem que vejo através da janela, tento não deixar escapar nada, pois sei que poucos segundos podem decidir o meu humor do dia. E por fazer parte da minha rotina resolvi expressar esse sentimento em palavras,  e venho à ideia de colocar na minha crônica.

2.      Como foi seu processo de escrita?

       Bem demorado, pois quando eu to inspirada haja papel e caneta! Ai eu percebo que fujo da temática principal, reescrevo do zero, de repente não tem mais nada haver com o anterior, eu dou muitas risadas quando estou aflita e no processo de fazer o texto não foi diferente, faltando poucos dias pra me inscrever no projeto pensei em desistir, pois me achava muito nova e desprovida do dom da escrita, falei com alguns amigos sobre o meu texto e muitos se identificaram, foi a minha maior motivação, resolvi escrever a minha redação no ônibus em meio à turbulência, mas usando as palavras que me vinha na cabeça, naquele momento, respeitando os detalhes.  Tudo bem que deu trabalho para repassar a limpo, pois a letra tava irreconhecível, mas todo o esforço foi valido.

3.      Como foi sua experiência em participar do concurso?

      Incrível, nunca pensei em fazer parte de algo assim, em meio a grandes escritores, eu sendo a caçula do grupo, me senti engrandecida pelo acolhimento, por ter tido essa oportunidade de me expressar e conhecer amigos.  Fiquei surpresa comigo mesmo, me senti viva e cheia de esperança. Minha simples palavras eternizadas em um livro. É muita alegria.


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terça-feira, 1 de julho de 2014

Maratona Literária de Férias #EuSouDoidora



Oi gente!!!

Para aproveitar meus dias mais livres, resolvi entrar em mais uma maratona literária. Dessa vez, estou inscrita na II Maratona Literária de Férias #EuSouDoideira, criada pela Gabi, do Fluffy, e pelo Matheus do Carneirismo

As regras são simples. São 5 livros em 15 dias! Inicia dia 01/07 e vai até dia 15/07. Mas para adocicar a Maratona, eles fizeram uma regrinha especial! Cada livro deverá ter uma música para si no final de cada leitura. Divertido, não? Acabou a leitura? Escolha uma música que mais se adeque a esse livro!

Os livros que escolhi para ler foram:

1. Stardust, Neil Gaiman;
2. Madame Bovary, Gustave Flaubert;
3. O lado bom da vida, Matthew Quick;
4. As duas faces do destino, Landulfo Almeida;
5. Lavoura Arcaica, Raduan Nassar. (Sim, vou roubar um pouco e vou terminar esse. rsrs.)



Espero que vocês gostem!!!
Beijos!
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