Tristezas da lua - As Flores do Mal - Charles Baudelaire
"É noite, a lua sonha ainda mais preguiçosa; Tal como uma beldade em muitos travesseiros, Que afaga com a mão distraída e dengosa, Antes de adormecer, o contorno dos seios, No dorso acetinado das moles nevadas, Moribunda, se entrega a longas aflições, E lança o olhar a brancas visões já passadas Que sobem pelo azul tal como florações. Às vezes nesse globo, em seu langor passiva, Ela deixa escorrer a lagrima furtiva, Um poeta piedoso, do sono inimigo, Na palma da sua mão pega essa gota rala, De brilhos irisados, fragmentos de opala, E a põe no coração, do olhar do sol ao abrigo." (p. 86) Fonte: BAUDELAIRE, Charles. As flores do mal. Tradução: Mario Laranjeira. São Paulo: Martin Claret, 2011.
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comentários:
Anônimo
disse...
Baudelaire é inebriante! Seduz a sentidos que outros e nos transporta a mundos e cada palavra. Obrigada por compartilhar este poema de Baudelaire! Beijo, Jéssica, d´O Feminino dos Livros.
2 comentários:
Baudelaire é inebriante! Seduz a sentidos que outros e nos transporta a mundos e cada palavra.
Obrigada por compartilhar este poema de Baudelaire!
Beijo,
Jéssica, d´O Feminino dos Livros.
Jorge Pontual acabou de declamar essa linda poesia!
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