O
conto Chão de Estrelas, de Guilherme Silveira foi meu preferido. A temática é
muito forte, mas a linguagem usada pelo autor é delicada, poética e sensível. O
autor consegue descrever cenas do cotidiano com uma beleza e uma leveza que
poucas vezes vi em um texto literário.
O
narrador que descreve a cena da moça andarilha também nos parece um andarilho.
O narrador no caso pode ser chamado de flaneur, um narrador que observa o
cotidiano como se passeasse pelo local. Ele nos mostra como o belo pode estar
em qualquer lugar, inclusive em um terminal de ônibus.
A
imagem simbólica do céu em meio as moedas foi a imagem mais linda que já vi
descrita. A linguagem usada é bastante trabalhada e mostra a imensa
sensibilidade do autor.
Entrevista
com o autor
1) De
onde veio a ideia para o seu texto?
O
texto não foi simplesmente criado, ele foi absorvido no Terminal. Acredito que
todos os locais por onde passo são poetas e poesias em si e a gente só capta e
passa pro papel. Eu simplesmente observei aquilo que escrevi.
2) Como
foi seu processo de escrita?
Pra
escrever, pra mim, não tem fórmula. Nesse caso eu simplesmente comecei a
escrever quando cheguei em casa. Algumas vezes começo no próprio ônibus num
pedaço qualquer de papel ou na mão. De qualquer forma, começo a escrever desde
a hora que acordo até a hora que vou dormir. Todo momento acordado é momento de
captação de ideias e tô sempre colocando e tirando coisas de ordem na minha
mente.
3) Como
foi sua experiência em participar do concurso?
Participar
do evento foi a realização de um sonho. Conhecer os novos autores fez com que a
cidade parecesse mais nova. Foi um prazer imenso dividir o livro com tanta
gente boa.
1 comentários:
Excelente Guilherme! Belíssimo trabalho.
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