O conto O Silêncio dos sons
passados, de Diego Barbosa é maravilhoso. Quando terminei sua leitura, meus
olhos estavam marejados. A sensibilidade com que o autor nos fala sobre a
relação entre avô e neto me emocionou muito. Sua linguagem é leve e poética.
O conto nos fala sobre um dia em que
avô e neto resolvem passar o dia juntos passeando nos seus lugares preferidos
da cidade de Fortaleza. O conto nos fala de saudade, de cumplicidade, de amor,
de afeto.
O personagem principal do conto me
parece ser o silêncio. Este que nos comunica da cumplicidade entre os dois
personagens, nos mostra o clima do conto. O silêncio fala do desfecho do conto.
Sempre que ele aparece sabemos que o mesmo está querendo nos comunicar algo.
O frio surge na narrativa como uma forma
de falar de despedida. A imagem construída pelo autor nos fala acerca dos
sentimentos do neto. O frio aqui representa a saudade que outrora sentirá.
Entrevista
com o autor
1. De onde veio a ideia para seu
texto?
A ideia que me
veio à mente foi tentar reproduzir realidades que nunca tive com meus já
falecidos avôs e meio que uma homenagem aos dois, pois, apesar de nunca termos
feito nada parecido com o garoto e o seu avô presentes na crônica, sempre
imaginei que um passeio ideal seria como aquele, mesclando história, cultura,
lembranças. O texto culmina com a morte justamente para justificar a ausência
que eles tanto fazem a mim.
2. Como foi seu processo de escrita?
Meu processo de escrita envolveu uma leitura básica sobre alguns pontos históricos de Fortaleza, justamente para defrontar com as memórias do avô. Posso ressaltar que envolveu também muita música instrumental intimista ao fundo enquanto escrevia as cenas finais, colaborando para criar um desfecho emotivo e memorável. Espero ter conseguido...
3. Como foi sua experiência em
participar do concurso?
Participar do Concurso “Olhar da Gente” foi uma oportunidade incrível de
expressar a arte da literatura e da escrita em si. Permitiu que eu mergulhasse em terrenos inóspitos dentro de mim mesmo e pude ver,
realmente, o quanto nossa cidade é valiosa, apesar de tantos problemas que a
assolam. Na verdade, creio que o maior legado do Concurso foi justamente fazer
isso: injetar em nós o orgulho de ser fortalezense. Bem, conseguiu... Sinto-me
honrado em ter feito parte disso e ter conhecido outras vozes poéticas e
talentosas da cidade onde vivo.
1 comentários:
Muito boa essa tua iniciativa, Lua, de fazer uma breve entrevista com esses novos autores e um breve resumos dos textos deles. Parabéns! Pra ti e pra eles, que foram selecionados no concurso.
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